Canções, contos e poemas SOBRE O MAR vão dar o tom do próximo encontro da Sala de Biblioterapia que acontece na quarta-feira, dia 26, às 19h, pelo Zoom. Desde sempre as água revoltas e calmas vêm inspirando as artes em suas mais diversas formas, em especial na literatura e na música.
Não sei se está acontecendo com você, mas eu tenho sentido falta de ir conversar com o mar, coisa que sempre gostei de fazer. Mas em tempos de isolamento social tenho me privado desse prazer e dessas visitas. Restou a palavra para me aproximar dessa imensidão que acalma e instiga.
Para a Sala de Biblioterapia do dia 26 estou preparando uma seleção muito especial de textos e canções para compartilhar com você. Na certeza de que as palavras são pontes que podem nos fazer chegar ao Mar.
Então, fica o convite caso você queira fazer esse mergulho junto comigo. Mas, corre porque as VAGAS SÃO LIMITADAS.
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E antes de me despedir, deixo aqui um poema da escritora portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen que tirou do mar inspiração para boa parte de sua obra:
FUNDO DO MAR
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.
Sophia de Mello Breyner Andresen, do livro “Coral e outros poemas” [seleção e apresentação de Eucanaã Ferraz]. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
