Logo que eu terminei o mestrado e decidi que queria compartilhar o meu conhecimento sobre a Biblioterapia e ensinar as pessoas a utilizarem o potencial terapêutico da literatura, minha mãe me questionou: “Mas, minha filha, você vai ensinar as pessoas a fazerem o seu trabalho?”. Na época respondi sem pensar muito que sim, que era isso que eu queria fazer.
Nas palavras dela ainda leio a preocupação materna. Palavras que até hoje ressoam daquele lado da razão naqueles momentos de incertezas. Mas, sempre fui mais apegada àquele lado onde bate o coração.
E há pouco mais de um ano é isso que venho fazendo. Sigo ouvindo meu coração e vivendo de Biblioterapia. Me alimento junto com cada um que participa das minhas oficinas e sessões. Ao partilhar meu conhecimento eu não diminuo. Eu somo. Eu cresço. Eu me acrescento. Eu floresço. E vejo que ao meu redor é isso que acontece. Vejo pessoas que crescem e florescem com a Biblioterapia.
Nessa caminhada, aprendi a generosidade. Conheci vários profissionais que me ensinaram isso. Mas, minha maior mestre é a Natureza. Ela me diz que nada vai faltar. Que está tudo aqui. Ela me ensina que generosidade é sinônimo de abundância. Assim sigo tranquila, semeando a Biblioterapia nessa terra fértil e sedenta de amor e encantamento.